sábado, 29 de maio de 2010

Guto Lacaz

Tenho que dizer sobre três obras de Guto Lacaz, comentá-las.
Poderia falar sobre as performances, as performances das fotos divertidas e das utilizações de forma não convencional dos objetos. Ou sobre a "terceira margem do rio", ou ainda sobre os "livros da fonte" em Buenos Aires.
Mas tendo visto pessoalmente aquele ser tão respeitado pelas "grandes" pessoas, no qual o que mais me chamou a atenção foi seu senso de humor e sua afabilidade, não tem como não falar sobre as obras das quais ele mesmo comentou e contou o processo de criação.



O Auditório para questões delicadas me encantou não só pela beleza e suavidade do local e nome, como também pela persistência na ideia, mesmo após ter "naufragado" e sofrido críticas da imprensa.







O Perescópio pela ideia em si, pelas proporções, pelo carinho com que o próprio Guto Lacaz fala sobre ele.




E por fim, das Coincidências Industriais, que são "achados" no nosso cotidiano, e que mostram a percepção paras as pequenas coisas, para o que a pressa não vê!




Inhotim


É, eu sei que devia estar postado há muito mais tempo. Desculpem!


Meu artista pesquisado para a visita foi o Artur Barrio.

Artur Barrio



O "Livro-carne" é uma obra que tem de ser "feita" a cada cinco dias, porque a carne apodrece enquanto é exposta. Para mim, ela mostra a fragilidade e a suscetibilidade dos seres.





Enquanto "O Ignoto", que não tinha me causado nada através da foto, visto no local me trouxe um outro tipo de sentimento. Me deu uma impressão muito forte de passado, de lembranças e memórias, mesmo de coisas que eu não vivi, de outras épocas, de outras pessoas. Foi muito mais impactante(não sei se seria a palavra certa) do que eu imaginava.



Algo que também aconteceu com a obra de Dóris Salcedo: Neither.
Eu não sei bem o porquê mas quando eu entrei na galeria e fui reparar os detalhes da tela no gesso, fiquei encantada, foi a mais surpreendente pra mim. Tudo tão minucioso, e quando se afastava e aproximava rápido as sensações de perda de foco e de tontura, num sei. Mas é algo delicadamente saboroso!




segunda-feira, 17 de maio de 2010

"Primeiro abrigo"


Após primeiras discussões sobre abrigo, nos focamos no que esta palavra trazia de mais importante para cada uma de nós, e com isso chegamos ao que seria a primeira das primeiras ideias: um abrigo através da leitura.Quando você lê, seu pensamento e imaginação te "transportam" para um outro "lugar" fora de espaço e tempo reais. E este é o principal: trabalhar o abrigo como refugio do mundo, e de tudo o que ele significa: problemas, compromissos, família, amigos...
Começamos então a trabalhar com este inicio de ideia. Formulamos um abrigo que seria uma tenda toda preta com fundo em material macio
(como espuma) e que tivesse isolamento sonoro. Ao entrar a pessoa se sentaria em um canto da tenda e acionaria um circuito que iluminaria um texto. Quando se locomovesse dentro dela outros textos seriam acionados no lugar do primeiro.
A opção pela cor e pelo isolamento sonoro for
am feitos para aumentar a sensação de imersão no ambiente que a leitura propõe. Porém nos deparamos com várias questões a serem pensadas antes de avançar na ideia:
-Como selecionar os textos que apareceriam, colocando em questão que as pessoas tem gostos diferentes.
-O abrigo não apresenta comunicação
com o ambiente, o que iria contra a ideia de Arquitetura enquanto instrumento de aproximação entre as pessoas e/ou entre pessoas e o meio.

Dado as últimas observações rediscutiremos e tentaremos solucionar os problemas para avançar na ideia.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Objeto interativo com circuito

Aqui estou eu à uma da manhã de um quatro de maio, publicando o que deveria ser meu objeto interativo com circuito depois de passar duas semanas e meia inteiramente voltadas para esse objetivo.

O que passa, no entanto, é que após todo esse tempo de abdicação ao sono, a Resistencia de Materiais, a Desenho Projetivo e a minha vida normal, o que tenho a apresentar-lhes não é mais que um protótipo tão incipiente que seria desastroso levé-lo até a faculdade.

Várias idéias me passaram na cabeça de diversos tipos de objetos, a maioria com muito pouca interatividade. Como havia dito anteriormente minhas primeiras ideias teriam a ver com uma plataforma de trem escura que a medida que a locomotiva passasse pelo trilho iluminaria o local que passou revelando cenas de despedida. Porém era extremamente visual e ia ao sentido contrario do procurado pelos professores. Voltei então ao meu ponto zero e permaneci assim por dias até que resolvi comprar alguns elementos pra montar algum circuito e ver se poderia tirar alguma ideia dali.

Fiz varios testes e alguns de meus leds foram embora com eles, mas nenhuma ideia convincente me aparecia, comecei a pensar em algo com relação a roupa, poderia espalhar frases nas roupas que se acenderiam através de "liga-desligas". De novo me deparei com a questão da interatividade muito baixa e da dificuldade em colocar bateria(s) que contivesse(m) volts suficientes para acender tantos leds sem pesar demais o vestuário. Mais uma que não funcionava.

A minha próxima "grande" ideia foi utilizar um xadrez magnetico e acionar circuitos diferentes com sensores de imã namedida que se jogava. Mas (sempre um mas) os imãs do jogo eram fracos demais para acionar os sensores.

Ao chegar a sexta-feira passada esgotada a única coisa que eu conseguia perceber era o quanto era legal ativar circuitos criados na hora quando eu me despregava da ideia já quase insuportavel a essa altura de ter que ter um objeto pronto até dali a três dias. E foi daí que eu tirei a ideia que eu considerei se encaixar melhor ao solicitado: criar uma "tábua de experimentação". Juntei então o material já comprado, olhei o que mais poderia colocar para um maior número de circuitos diferentes (além de mais leds, e sensores de imã, tambem LDR, Relé, motor, ventilador e buzzer) e fui novamente às ruas.

Muitas horas e notas ($$$$) depois eu tinha meu material para construir o tão conturbado objeto. A ideia era fincar em isopor forrado com cartolina ou em EVA todos os sensores e atuadores comprados virados para o mesmo lado, do outro teríamos a parte que passa a corrente destes elementos. Separadamente haveriam fios de cobre de tamanhos variados, alguns ligados a baterias com diferentes volts para que a pessoa que fosse mexer no objeto pudesse criar seu próprio circuito. Houveram dois problemas: ao distribuir os elementos sobre o EVA não consegui passar a corrente pelo fio de cobre o que acabou com todo o trabalho, resolvi que voltaria a loja no sabado e procuraria então um outro fio, mas me esqueci que sabado era feriado. Durante o fim de semana tentei várias vezes criar a corrente mas não consegui.

Hoje durante a aula ao conversar com meus colegas resolvi usar papel alumínio, que embora fosse muito disforme passava a corrente e era de fácil manuseio, o que seria uma boa vantagem em se tratando do proposito de experimentação.
Mas ao contrário do que imaginei o Papel Aluminio deu muito mais trabalho pois se partia facilmente. Consegui finalmente enrolando o papel no fio de cobre algo mais estavél porem todo o tempo gasto para criar a corrente me impediu de finalizar o objeto de modo a ser carregável e demonstrável perante a turma.